Que a Igreja é uma religião em crise social, ninguém questiona. O que ninguém parece questionar também é que o termo Cristianismo não era o núcleo da identidade da cristandade. Não vou ousar dizer que não existia, mas tendo lido um número razoável de textos patrísticos, não me recordo de tê-lo encontrado. Os cristãos e a cristandade se reconheciam como tal porque eram todos "Igreja", "Comunidade". Discutir quem era "mais cristão" era discutir quem era "mais Igreja". Quando a Cristandande chegou em um ponto no qual era sociologicamente impossível discernir qual grupo é que era Igreja, iniciou-se a própria "Crise do Cristianismo", que nada mais é que uma crise de identidade.
De fato, é essa crise que permitirá o uso do termo "Cristianismo" para identificar todos os candidatos a serem o "verdadeiro cristianismo" e, portanto, "A Igreja". São três os grupos principais que chamam a si tal prerrogativa; os demais minoritários constituindo-se variantes ou subdvisões deles: a Igreja Ortodoxa, a Igreja Romana, e a Igreja da Reforma. A primeira, sócio-políticamente é uma confederação de igrejas nacionais e algumas autocefálicas. A segunda é uma monarquia absolutista iluminada e a terceira não chega a um método próprio de organização, possuindo cada subdivisão seus próprios métodos. A Reforma, em si, é a-administrativa.
O mais das pessoas se identifica mais com os métodos administrativos e as conseqüências sócio-culturais que daí advém do que da questão importante: Onde está o Corpo mesmo do Cristo? Onde está a Verdade? A Igreja, de fato, é vastamente mais do que uma mera instituição cultural. Ela é o próprio corpo teantrópico. Ser parte Dele é o que devemos buscar .
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário