quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O tempo está correndo contra os Liberais

O tempo está correndo contra os Liberais

Retirado do site Orthodox England em 11/10/2007. Tradução de Ricardo Williams a partir do artigo original Time is against the liberals.

Como muitos sabem, a Igreja Ortodoxa jamais sofreu a maciça perda de fé que assola as denominações protestantes e católica romana, nem tampouco a resultante secularização de sua herança cristã ocorrida a partir da década de 1960. Há quarenta anos, vemos notícias diárias sobre a célere e constante descristianização da Europa Ocidental - mais do que podemos sequer imaginar. Por exemplo, na França há católicos romanos pedindo para serem "desbatizados"; na Alemanhacerca de 10.000 igrejas vazias serão postas à venda nos próximos anos devido à falta de fiéis; em uma diocese católica romana na República Tcheca, cerca de quarenta igrejas vazias estão à venda, incluindo um mosteiro de 2.000 hectares, pela bagatela de $ 120.000,00; a mribunda comunhão anglicana está dividida devido à inclusão de homossexuais assumidos e praticantes em seu clero. o Metodismo mostra-se decadente; a fé religiosa na Holanda e Escandinávia está desaparecendo; e na Bélgica há uma severa falta de padres.

No entato, segundo uma reportagem da Christian Science Monitor de 11/10/2007, o cristianismo Ortodoxo pode ser um "bálsamo para a Europa", e que as velhas previsões dos arrogantes sociólogos europeus ocidentais de que a Igreja Ortoodxa está acabada "se mostraram incorretas". A revista afirma que:

"Hoje, assim como na parábola do filho pródigo, em toda a Europa Oriental, as pessoas estão retornando em massa à Igreja Ortodoxa, e o resultado tem sido muito benigno, especialmente na esfera pública, ao contrário do que se esperava". E ainda: "Tentativas de provar que o secularismo moderno é o 'pomo dourado da democracia' ou 'ressaltar quaisquer desafios ao secularismo como exemplos depreciativos de diferenças de valores entre Ocidente e Oriente' não são mais aceitas. Com um número de fiéis que cresce exponencialmente, e dada a influência e recursos da Igreja Ortodoxa na Europa Oriental, esta é uma batalha que os Europeus Ocidentais estão fadados a perder." Segundo o autor do artigo, "é hora de repensarmos nossas velhas opiniões sobre os fiéis Ortodoxose aproveitarmos as enormes contribuições que eles podem dar à criação de um contrinente pacífico e próspero".

O discurso que o Patriarca Aleixo II fez na França na semana passada, falando sobre a moralidade e sua origem - a vida espiritual - serviram apenas para realçar o ponto de vista Ortodoxo. Segundo o autor, o relativo isolamento da Igreja Ortodoxa "deve-se ao fato de que cristãos roamnos e protestantes freqüentemente recusam-se a ouvir como iguais aqueles que deles discordam". E ainda, "com exceção da Grécia, este triste legado é responsável pela morosidade com que europeus ocidentais aceitam países com população majoritariamente Ortodoxa em instituições pan-européias. Porém, em sua expansão em deireção do leste, é inevitável que os valores e moral de instituições da Europa Ocidental sejam influenciadas cada vez mais pela visão conservadora dos cristãos Ortodoxos, e cada vez menos pelas opiniões modernas e secularizadas das democracias ocidentais do continente. Hoje, em toda a Europa, há mais Ortodoxos do que Protestantes, e segundo algumas estimativas, esse número irá ultrapassar até mesmo o de católicos romanos. Se a Europa da século XXi assumir uma identidade religiosa, esta será predominantemente Ortodoxa".

Prevendo tais fatos, o analista do Departamento de Relações Exteriores da Igreja Ortodoxa Russa, pe. Vselevod Chaplin, fez ontem o seguinte comentário: "Uma vida sem Deus leva as pessoas ao desespero, à confusão e à infelicidade, mesmo que elas possuam dinheiro, poder e armas. Valores morais eternos nunca envelhecem [...] Não há futuro sem valores morais, pois do contrário, o futuro se tornará nada além de oblívio e destruição". Pe. Vselevod disse ainda que "muitas pessoas, especialmente políticos liberais, de uma geração mais antiga, não concordam com as posições da Igreja da Rússia. [...] Mas o tempo está contra eles, e seu monopólio sobre a política e as questões sociais logo chegará ao fim".

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Atenção: todos os direitos desta tradução estão reservados a seu autor. Este texto não pode ser reproduzido integral ou parcialmente sem a prévia e expressa autorização do tradutor.

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